Completando 31 anos de resistência, na manhã deste domingo (7), o Gritos dos Excluídos e Excluídas arrastou centenas de pessoas pela avenida Marechal Castelo Branco, em Teresina. A Força-Tarefa Popular aderiu ao evento e esteve na caminhada com seu coordenador, Arimateia Dantas, e integrantes da organização.
Os manifestantes se concentraram em baixo da Ponte JK por volta das 7h da manhã, no Centro para protestar contra desigualdades sociais, à degradação do meio ambiente e as ameaças à Democracia. Às 9h a passeata sai com uma multidão de manifestantes pela avenida.
Com o lema “Rezamos e lutamos. Classe trabalhadora, peregrina na esperança por justiça e pela ecologia integral.” Lema: Cuidar da Casa Comum e da democracia é luta todo dia! o grupo levou a discussão que volta olhares para a preservação da na natureza, da democracia além da valorização do Brasil Livre e Soberano.
À frente da FTP, Arimateia Dantas, pontuou que o movimento é essencial para fortalecer a voz dos que mais sofrem com a exclusão social.
“É o dia dos excluídos também, o dia da independência, incluir todos nós que somos vítimas. dos tarifaços, pela soberania do Brasil. Nós estamos aqui com o movimento social, as pessoas que fazem a história do dia a dia do sofrimento libertador. Essa é a luta. E vamos trazer mais informações, mais coisas nesse dia maravilhoso que o povo sai às ruas”, destacou.
Xavier de Oliveira, integrante da FTP pontuou, que o movimento, pensado durante todo o ano, culmine no resultado que dá em todos os dias 7 de setembro: o fortalecimento da Democracia.
“Estamos aqui no 31º Gritos Excluídos em Teresina, Piauí, onde nós estamos movimentando e mobilizando a sociedade para a defesa da nossa soberania. Brasil é do brasileiro”, pontuou ele.
Retrospectiva
Logo no início da caminhada, na concentração foram realizados discursos de participantes e integrantes de entidades sociais e da Igreja Católica, reforçando o caráter de resistência e fé do evento.
O Grito dos Excluídos e Excluídas acontece anualmente no dia 7 de setembro, unindo-se à Romaria da Terra e da Água, e marca o Dia da Pátria sob a perspectiva da classe trabalhadora que reza, luta e reivindica direitos.
Embora o movimento tenha sido criado em 1994 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Teresina realizou sua primeira edição em 1995, organizada por pastorais sociais da Igreja Católica e diversos movimentos populares.