A Força-Tarefa Popular (FTP-PI), por meio de seu coordenador, Arimatiea Dantas, participou na manhã desta quinta-feira (28), de audiência pública realizada com o Chefe de Gabinete da Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público do Piauí (MPPI), Jorge Pessoa, na sede do MPPI, em Teresina. O encontro tratou de relatório com pedido de providências sobre fatos constatados durante a 19ª Marcha da Cidadania contra a Corrupção e pelo Clima ocorrida nos dias 12 a 26 de maio de 2025 percorrendo os municípios União, Miguel Alves, Porto, Campo Largo, Matias Olímpio, São João do Arraial.
Durante a reunião, foi destacado um relatório com denúncias realizado na Marcha que teve como principal objetivo garantir que os recursos públicos destinados às obras e serviços de saúde sejam efetivamente aplicados em benefício da população. Segundo Arimateia Dantas, entre as irregularidades encontradas estão a construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que foi paga, mas desapareceu, e outra UBS que permanece abandonada.
“Estivemos aqui no MPPI com denúncias que nós encontramos durante a 19ª Marcha. Nós trouxemos aqui hoje a questão de União referente ao esgotamento sanitário horrível, trouxemos a situação de Miguel Alves em relação ao lixão da cidade. Ainda em Miguel Alves há um fato extraordinariamente incompreensível: uma Unidade Básica de Saúde de R$ 408 mil reais desaparecida. Ninguém sabe onde está essa UBS. E agora nós vamos continuar a procura dessa UBS que já vem desde 2022. Por fim, citamos a situação de Porto, trazendo outra UBS que teve início em 2014 e que hoje está em escombros. Essas foram algumas das denúncias que trouxemos e que nós vamos continuar a marcha agora nas vias institucionais”, justificou Arimateia Dantas.
A FTP-PI solicitou que o MPPI investigue as responsabilidades e cobre das prefeituras um posicionamento sobre os prazos para a conclusão das obras. A organização reforçou que continuará acompanhando a situação e espera uma resposta rápida dos órgãos competentes.
Posicionamento do MPPI
O MPPI informou que encaminhará as denúncias aos coordenadores de centros de apoio do MPPI e continuará articulando-se com a FTP-PI, gestores municipais e a sociedade civil para acompanhar a execução das obras e garantir a correta aplicação dos recursos públicos.
“Estivemos em uma conversa muito agradável, justamente para alinhar a atuação do Ministério Público na defesa do patrimônio e no combate à corrupção. Foram apresentados alguns temas sensíveis nas regiões de Miguel Alves, União e Porto, fatos que são levados ao conhecimento do Ministério Público e serão encaminhados aos coordenadores dos centros de apoio para que sejam tomadas as medidas adequadas. Também estamos alinhando essa proximidade, para que daqui se nasçam projetos para que haja uma atuação firme e incisiva do Ministério Público na defesa da sociedade piauiense”, afirmou Jorge Pessoa.
Ao final da audiência, ocorreu uma conversa com a procuradora-geral de Justiça do Piauí, Dra. Cláudia Seabra sobre o Lixão de Miguel Alves e de acertos para realização e uma audiência no município.
ASCOM FTP/ Vanderson de Paulo